16 fevereiro 2007

Arrisque-se

Se você morresse hoje...

Qual seria o valor das suas dívidas?
E suas dúvidas, deixariam de te atormentar?
Quantas pessoas ficariam empenhadas?
Quem iria parar a folia do carnaval para ir no seu enterro?
Tem certeza?
Qual seria o seu legado e quem iria querê-lo?
Que segredos deixaria não ditos, que se perderiam por ninguém sabê-los?
Pelo que as pessoas iam lembrar de você? Uma música? Um ideal? Uma lição que aprenderam com você?
Quantas vidas você mudou (para melhor)?
Você luta por algo?
Quantos inimigos ficariam felizes? ou você não viveu intensamente o suficiente para fazer inimigos?

É por essas e outras que digo que tenho medo de envelhecer. A gente para, pensa no que conquistou e descobre que se quiser nos tornarmos uma pessoa melhor, ainda temos muito o que mudar. Daí no outro dia a gente acorda, escova os dentes, toma café, faz tudo igual.
Minha resolução de ano novo, mesmo que um pouco atrasada, é que não vou esperar para começar as mudanças que eu acho necessárias. Não vou mais repetir pra mim a cada dia o que eu devo melhorar, mas sim, mexer o traseiro gordo e empoeirado e passar a falar menos e fazer mais.
E realmente acredito que se as pessoas tiverem essa atitude durante 2007, muita coisa pode mudar para melhor. Faça favores, ouça os problemas alheios (mas ESCUTE mesmo), tente não deixar nada pendente, pense menos antes de fazer uma loucura, apaixone-se mesmo que pela pessoa errada (e sofra também, vale a experiência), faça uma viagem no escuro e comece a reciclar.

Eu sei.
Só faltou o "use filtro solar".
Ah, se fosse fácil mudar o mundo só com palavras...
Mas o que vale é o gesto, e vou ficar na esperança, na persistência e na paciência.

Abraços!

6 comentários:

Luiz Madeira disse...

Totalmente verdade Fou. Engraçado que é simples, mas necessita de uma decisão tão forte...

Unknown disse...

http://www.casadobruxo.com.br/poesia/a/seeu1.htm

Anônimo disse...

É que na medida em que se vive - daquela maneira enfadonha, rotineira e comandada pelo vil cotidianismo iminente - mais se tem medo de viver - viver daquela maneira inesperada, cheia de surpresa, sem grandes anseios futuros, de total exorbitação diante do presente.
Deixe as preocupações de lado, deixe até seu futuro de lado, nunca, nunca pense nele. O único tempo que existe, logo no que se vive realmente, é o presente. Não adianta de nada fazer grandes planos, traçar objetivos com obstinação. Somos sempre surpreendidos, mudamos constantemente.
Leia Heidegger, aconselho. É muito bom...
E... Bunda gorda... Pouquíssimo provável.

Cristiano Lima disse...

realmente, só faltou o "use filto solar", hehe

mas a diferença ta na credibilidade

que o pedro bial, convenhamos, não tem.

já o diogo...

Rodrigo de Böer disse...

É por estas questões que eu digo que sou alguém irrelevante e nem um pouco interessante.
Como diz um amigo meu: "viver mata". Parece imbecil, mas é genial.

Cara, teu blog é ótimo, sério mesmo. ;)

Abraço!

Daniel Weinmann disse...

chê, vou ali comprar um crivo avulso e já volto!