11 novembro 2005

Ônibus, Diva gay e outros fatos cotidianos

[Post Categoria: Conclusão Empírica]

Fim de tarde, saindo da faculdade, recém tinha apresentado um trabalho. Fui em um barzinho com os amigos, great time. Peguei um ônibus e fui pra casa.

Entrei sossegado, pois tinha saído mais cedo, e o ônibus estava quase vazio. Passei pelo cobrador, girei a roleta e sentei-me na fileira da esquerda, atento à paisagem (mais que ao rumo, inclusive). Desviei minha atenção para dentro do ônibus, e percebi algo muito interessante. Todas as pessoas estavam sentadas em bancos separados. Conforme novas pessoas entravam no ônibus, elas procuravam um banco onde não houvesse ninguém, mesmo que o lugar fosse incrivelmente desconfortável (como a fileira do fundo, que - particularmente NESSE ônibus - treme muito).

Divaguei.
Divagay.
Diva gay.

Por que ninguém é capaz de sentar em um banco junto de outra pessoa? Por acaso alguém já perguntou o nome de alguém que sentou do lado em um ônibus? Por acaso alguém se importa? Acho que todos tendem a se isolar, por causa do medo. Medo de assalto, de sequestro, medo de gente. O fato é que muitas pessoas preferem se isolar e passarem amarguradas as partes mais chatas da vida a ter que conviver com outras pessoas, agradá-las, por mais que isso vá lhe divertir muito.

Não que seja importante interagir com meros desconhecidos, mas, um dia, todos fomos desconhecidos do mundo. São milhares e milhares de pessoas que passam por você todos os dias, e muitas vezes as mesmas. Pessoas que podem estar passando por você pela última vez, ou pela primeira de muitas. E ninguém, absolutamente ninguém tem a mínima curiosidade de saber nada sobre você.

Não seria muito mais fácil se todos pudessem OUVIR o que as pessoas tem a dizer, nem que por 5 minutos? Poderíamos conhecer contatos de empresas que poderiam nos ajudar a conseguir um emprego, poderíamos encontrar alguém que sabe fazer aquela velha receita que você sempre quis saber, poderíamos conhecer A mulher... tudo isso começando por um simples ato de conviver com as pessoas.

Afinal, convivemos ou nos suportamos?

2 comentários:

Anônimo disse...

Coments grande:

Eu acho q as pessoas convivem contigu, pq na boa, Ninguem te suporta! :P

Mas é mtu estranho, pensa q tu jah pode ter cruzado com as pessoas q conhece mas nem percebia pq naum conhecia ;) As veiz ateh penso do Gugui e o Gluber q tavam no Mauá e eu cansava d i ali pra frente e qm sabe passei por elis. O Henry entaum, populaçao da praia 2, certo q jah passei por eli antes e naum sabia. De repenti ateh por ti eu jah cruzei, pensei “q ser estranho” e segui andando...

Anônimo disse...

Acho ao contrario do que diz o be said... as pessoas que convivem contigo te entendem e gostam muito de ti. Quem não te suporta nem merece conviver contigo, não entende tua grandeza de alma!! Continua, achei muito legal o texto do onibus. Que bom que seja apenas um dos primeiros de uma série.